quarta-feira, 16 de março de 2011

Marcelo 2

       O sol raiou, eu acordei! Eu não conseguia sentir aquilo que eu queria, ao invés de está liberto e saciado da fome de prazer que eu tinha ao ver Marcelo, parecia cada vez mais que eu me entregava quase que involuntariamente.
       Foi uma noite esplêndida, nossos toques demostravam o quanto queríamos pertencer um ao outro, nem que fosse pelo menos durante algumas horas. Não entratei em detalhes, e não se trata de egoísmo ou pudor, apenas o que eu senti no encontro dos nossos corpos quero guardar pra mim mesmo, nem ele imagina o que senti. Quero levar comigo essa sensação ímpar, não defino como a melhor nem como a pior, isso jamais. Defino como uma entrega, rodeada de sua complexidade que unia tudo que eu nunca havia sentido antes, ou pelo menos não com a mesma intensidade.
       Minha intenção era apenas descobrir seu corpo, seu prazer, o quanto ele se entregaria e o quanto eu conseguiria me segurar diante do que desejava. Aconteceu mais do que o imaginável, aconteceu a "magia" do inexplicável momento em que queremos que o tempo pare, mas eu não queria. Eu queria que ele passasse logo, que todo aquele doce veneno que me consumia e embaraçava meus mais profundos sentimentos não passasse de um sonho...
       Tudo que eu mais queria no momento estava se realizando, e depois disso? o que eu passaria a desejar? Eu me via perdido, e percebi que aquilo que me movia era apenas o desejo, a vontade de tê-lo. O que eu não sabia era que, ao conseguir, um angústia profunda tomaria conta de mim.
        Ele acordou e nos alhamos, eu não sabia como prosseguir. Por dentro uma vontade de possuí-lo novamente de forma ardente e incontrolável, mas na superfície dos meus sentidos eu queria expulsá-lo da minha vida, ou até mesmo que ele nunca houvesse cruzado meu caminho. Nesse momento ele se tornara meu maior inimigo, pois conseguiu revirar minha mente de uma forma que nem eu mesmo imaginava que pudesse acontecer. 
       Ele se foi, e agora a angústia aumentou. É um sentimento de "eterno" vazio, de um lado eu havia conseguido me libertar do íma, mas por outro eu me via sem ele, o que é pior. Me encontro em meu quarto, ainda nu, já fumei duas carteiras de cigarros junto a algumas taças de whisk misturado com minhas lágrimas, e assim acredito continuar até que ele volte ou eu deixe de existir...
       

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Voltando . . .

       Faz um bom tempo que eu não me dedico a escrever no meu espaço. Talvez pela correria, talvez seja falta de vontade ou até mesmo ausência de sensibilidade. E assim estava até aqui, porém esse é meu exercício favorito e fascinante, pois a cada texto, a cada frase, a cada pequena observação ou mínimo pensamento eu leio, releio e me pergunto de onde tirei tais palavras.
       É um exércício que requer um pensamento impensado. E talvez por isso me faltou durante esse tempo uma "motivação" para escrever, pois ultimamente estou com a tremenda mania de pensar sobre tudo. Não que isso seja ruim, mas a verdade é que ainda não consegui unir o útil ao agradável., nesse quisito.
       Nos meus pensamentos passam coisas a todo tempo, coisas confusas e poéticas, mas de forma rápida e "cruel", de modo que eu penso ao mesmo tempo em várias coisas e minha mente não consegue encontrar um ponto de partida para descrever com sensatez e clareza sequer uma das coisas das quais estou pensando.
       É uma complexidade de pensamentos e uma fúria de dentro de mim faz com que eu queira expor com as palavras tudo que me vem a cabeça, de uma só vez. (Impossível). Preciso de mais um tempinho, um tempo mínimo para reorganizar minhas prioridades de pensamento e assim voltar a postar das mais variadas palavras.

      

domingo, 27 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

31.12.2010

Ah, esse é um dos únicos dias que eu não posso deixar de escrever algo. Tentarei expressar um pouco do que me aconteceu em 2010.

       Bom, esse foi o melhor ano da minha vida, e espero poder dizer isso sempre... Ainda me lembro que no ano anterior estava sentado na praça de alimentação de um shopping com duas amigas e fazíamos planos malucos para realizarmos juntos em 2010, porém como tudo muda nem todos estavam presentes nesses momentos, e nem tudo foi realizado, pelo menos não ainda. 
       Mas tudo que fiz e vivi valeu à pena, muito à pena! 
      Iniciei o ano com um emprego, que não é lá essas coisas toda, mas que me permite realizar alguns desejos de vez em quando, e isso basta por enquanto. Frequentei festas e lugares que a tempo desejara, mas que por algum motivo besta não havia ainda realizado, mas como dizem as línguas sábias "tudo tem seu tempo".
       Conheci pessoas novas , com personalidades e estilos diferentes, isso é bem a minha cara, rsrsrs. Uma das coisas que mais gosto é de entrar no mundo bem distante do meu. Adoro tentar compreender o impulso das coisas que levam as pessoas a agirem de determinada maneira.
       Sim, sim ! Nem posso deixar de comentar que tomei meus maiores porres, os primeiros e ultimos, assim espero. Me senti feliz, e hoje compreendo o que leva as pessoas a beberem tanto, porém não quero enfrentar novamente a maldita ressaca, essa sim é horrível. 
       Quanto aos amores, e isso não pode faltar, digamos que foi um ano tranquilo. Me apaixonei mais uma vez e por uma pessoa que não fui correspondido, mas faz parte do jogo. Sofri, chorei, porém não morri. Reencontrei a razão e meu coração se acalmou. Agora, neste momento, estou apaixonado apenas por mim e espero permanecer assim por muito tempo, isso é incrivelmente bom.
       Me descuidei um pouco da faculdade, confesso. Mas quem nunca teve essa fase em ? Tranquei algumas disciplinas, mas não me arrependo, era necessário...
       Bom, finalizando: esse foi um ano de bastantes acontecimentos envolvendo a mim e as pessoas que me cercam e contribuem na contrução da minha história. Um ano com inúmeras coisas ruins, mas também com bastante coisas boas e essas são mais importantes que as primeiras. Fiz coisas inimagináveis, experimenti sensações extraordinárias, não me arrependi de nada e espero ansiosamente um novo ano.

                    " Que 2011 venha com tudo, eu já estou no gás." 








quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um pedaço de minha futura obra ...

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“Nós não temos medo de perder a vida, temos medo de encontrar a morte. E assim seguimos numa corrida vã e cruel à procura da quantidade de tempo vivido, esquecendo de sentir a intensidade de cada momento. Passamos todo o tempo acreditando que viveu mais aquele que morreu tarde, doce ilusão.” (Jhon Maia)
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domingo, 14 de novembro de 2010

Morremos a cada momento...

         "Com o tempo a gente descobre que o medo de morrer é um inútil inimigo, pois morremos a cada instante."

       Nascemos sem pedir, assim acredito, e ainda passamos um bom tempo de observação e silêncio. só olhares curiosos. Durante esse tempo, nos são oferecidas inúmeras e diferentes opções do que vem a ser a vida, e assim nos moldamos. Nossa moldura ainda permanece frágio por um determinado tempo, e nesse tempo não sabemos dominar nossas palavras e atitudes, assim vamos aprendendo a ser. Falamos coisas apenas por repetição, sem que saibamos o verdadeiro sentido, até que aprendemos a nos fazer e ainda assim com limitações.
       Ah! Agora já somos crianças, pequenos indivíduos cercados de proteção, ou não, as vezes apenas pequenos mesmo. Nos ensinam que existem pessoas grandes e adultas aos quais devemos obedecer e ter como exemplos, mas isso nem sempre funciona. Para a maioria de nós, nessa fase, aprendemos a acreditar em contos de fadas, na existência de um bom velhinho que distribui presentes e da segonha que nos trazem para os nossos pais, a vida ai é feita de sonhos e despreocupação, pois acreditamos que tudo terá um final feliz. Eles substimam nossa capacidade de entendimento, julgando a forma de reprodução humana como uma coisa "vulgar". Tentam a todo tempo nos afastar dos amigos que não consideram convenientes a nós, por não possuir o mesmo nível social ou por possuir atitudes consideradas incorretas, isso é mais fácil do que nos ensinar a respeitar o próximo, compreendê-lo e oferecer ajuda...
       Chega a pré adolescência, e sem que percebamos a criança foi enterrada. Nossos sonhos infantis deixam de ter importância, foi-se o tempo em que qualquer bobagem era motivo de risadas e que nos contentávamos com quaquer simples brincadeira. Agora já não podemos falar bobagens nem errar tanto. Nossos desejos amorosos vão surgindo e uma confusão é criada em nossa mente. Agora somos moças e rapazes, nos preparando para as diversas escolhas que temos que fazer, não é simples se considerarmos que ainda existem limitações.
       Da adolescência pra fase adulta morre aos poucos o pré-adolescente confuso. Acreditamos que já temos tempo de vida suficiente para saber o que realmente queremos, e percebemos que queremos tudo, queremos a qualquer preço devorar o mundo com uma bocada só e realizar todos os desejos possíveis no menor intervalo de tempo. Experimentamos o primeiro cigarro, a primeira dose de Whisky, adotamos palavrões ao nosso vocabulário... Tudo é novo e intenso, mas queremos que seja eterno.
       Quando adultos matamos esse indivíduo "louco", agora temos um papel a cumprir, responsabilidades, temos que seguir uma carreira e acumular o maior capital possível, caso contrário seremos inúteis, que coisa! E assim vamos seguindo, cada um a seu modo, com destinos diferentes. Cada um mostra aquilo que conseguiu ser, feliz ou não, e quando se consegue chegar a ser.
       Nos matamos a cada momento e a cada atitude que tomamos... Sorte de quem acredita ter tomado a decisão certa, ai me pergunto: o que é certo? O certo é aquele monte de regras que estão preparadas antes mesmo de nascermos, ou aquilo que fazemos e temos satisfação, sem que seja necessário ferir alguém? O certo meu caro, não existe aos olhos. Então morra, mas não mate a sí mesmo.
      

domingo, 7 de novembro de 2010

Olhada

Lembra de quando nos olhamos?
Eu lembro de cada detalhe.
Não pareciamos nada,
Nada nos tirava o foco.

Um sorriso foi se abrindo,
O coração sempre acelerado,
Respiração quase parando
E aquele friozinho na barriga.

Ai como eu lembro...

Era tudo tão estranho,
Pareciamos querer devorar um ao outro,
Nada foi em vão,
Tudo foi muito intenso.

Nem teu nome eu sabia,
Que atitude tomar?
Ai que tormenta doida,
Logo por quem fui me apaixonar.

Um desconhecido indiscreto,
Me convidando a experimentar o avesso,
Me impulsionando a pecar sorrindo,
Me obrigando a ama-lo sem medo.

...