terça-feira, 8 de junho de 2010

Sonho de uma noite vazia.

Não é a primeira vez, eu sei.
Não me admiro,
Nem ao menos consigo sentir medo.
Sonho malígno, sonho pervesso.

Sonho com o nada,
Noite escura e silenciosa.
Sonho em minha casa vazia,
Meu quarto de portas fechadas e janelas entreabertas.

No sonho eu acordo e tento me levantar,
Mas o esforço é em vão,
Não consigo acordar,
Nem colocar os pés no chão.

Sonho de uma noite qualquer,
Noite que nem se quer lembro de ter rezado,
Ou ao menos agradecido ao criador
Por mais um dia vivido.

De repente vejo o quarto,
Não sei como,
Pois meus olhos pesam
E Não consigo abrí-los.

Tento com esforço
Sair de uma vez desse escuro,
E o que me conforta
É ter a consciência, mesmo que leve, de está sonhando.

Consigo, mesmo não sabendo explicar,
Sentir que tudo é um sonho
E que cedo ou tarde vai acabar,
Me desespero no peso dos olhos.

Na solidão do quarto escuro e trancado,
Eu tento gritar
A voz não sai,
Como explicar?

É um medo tão vazio,
um medo que nem medo dá.
Imagens fotografadas em minha mente,
Queria nunca mais sonhar.

Um comentário:

Dayse Araújo disse...

Adorei esse poema... tas ficando melhor a cada dia Juninho. To gostando de ver